O casal de adolescentes, que simulou o próprio seqüestro, foi encontrado pela polícia, na noite de quinta-feira (13), em Ponta Grossa. A garota, de 14 anos, e o jovem, de 17 anos, moram em Palmeira (cidade vizinha a Ponta Grossa) e tinham fugido de casa na tarde de quarta-feira (12), com R$ 500 do pai de um deles.
Segundo a delegada de Palmeira, Valéria Padovani, desde a noite do dia 12, os jovens mandavam mensagens para seus pais, por telefone celular, afirmando que tinham sido seqüestrados por pedófilos, para justificar o sumiço deles e do dinheiro. “Foi irresponsabilidade. A polícia do Paraná se mobilizou para resolver este caso, que não passava de uma brincadeira de adolescentes que queriam viver uma aventura”, afirmou a delegada.
A adolescente, de 14 anos, teria recebido de seu pai R$ 500 para pagar a prestação do carro da família. Na quarta-feira (12), ela disse que iria para a aula e convidou o amigo para, juntos fugirem com o dinheiro. Os dois embarcaram em um ônibus para Ponta Grossa por volta das 15h. Naquela noite, com medo da reação de seus pais, a garota mandou mensagens de seu celular dizendo que ela e o amigo tinham sido seqüestrados por pedófilos e que estavam em uma chácara.
De acordo com a delegada Valéria, assim que a família recebeu as mensagens procurou a polícia. “Logo no início tínhamos conhecimento que não havia nenhum indicativo de seqüestro, mas, mesmo assim, fomos averiguar o caso com cautela. Policiais civis e militares foram mobilizados para a procura dos adolescentes”, explicou.
Pistas
Os jovens deixaram pistas nas boates que freqüentaram em Ponta Grossa e em recados a amigos, em um site de relacionamentos. Quando foram achados pela polícia, por volta das 19h30, eles estavam passeando pelo calçadão da cidade. Durante o tempo em que ficaram desaparecidos, os adolescentes se hospedaram em um hotel próximo à rodoviária. Logo foram encaminhados para a delegacia e levados pelo Conselho Tutelar para a delegacia de Palmeira.
A garota e o garoto serão responsabilizados por falsa comunicação de crime e apropriação indébita. Os proprietários do hotel em que eles se hospedaram e da boate que freqüentaram também irão responder inquérito por permitir adolescentes em seus estabelecimentos.