A avó de Vagner Pereira da Silva, 17 anos, contou que, quase todos os dias, ele frequentava a praça próxima à Favela do Papelão, onde morava, no Capão Raso. Ali ficava conversando com os amigos, mas na tarde de ontem o local de lazer do adolescente se tornou o de seu assassinato.
Segundo testemunhas relataram à Polícia Militar, o assassino estava em um Astra vermelho e passou atirando no grupo de amigos. Depois de levar um tiro, Vagner ainda tentou correr por alguns metros, mas tombou na Rua São Judas Tadeu.
Os amigos de Vagner se dispersaram correndo. O chinelo e a bicicleta da vítima ficaram na academia ao livre da praça.
A mãe de Vagner, que trabalha em um depósito de materiais recicláveis, passou mal ao ver o filho morto e precisou ser retirada do local.
A avó, Jorgina Gropa, também estava inconformada, porque, segundo ela, o neto não tinha envolvimento com drogas nem com crimes. “Ele não era malandro e se dava bem com todo mundo. Gostava de ficar aqui com os amigos”, comentou Jorgina.
Engano
Uma das tias do adolescente disse acreditar que o assassinato tenha sido por engano. “Estão matando por nada aqui. Devem ter confundido Vagner com outra pessoa”, afirmou.