A confusão foi promovida por um franco atirador, que queria entrar armado no bailão. Descontrolado, o homem atirou várias vezes em direção à entrada do estabelecimento, atingindo cinco pessoas. ?A maioria delas estava na fila, esperando para entrar?, disse o superintendente da Delegacia de Almirante Tamandaré, Leodir Fagundes de Brito. A autor dos disparos saiu rapidamente e continua foragido, mas há pistas de sua identidade, de acordo com o policial.
Entre os feridos estava uma testemunha da chacina cometida em 19 de janeiro, na qual morreram um policial civil e outros dois homens. A testemunha foi liberada do hospital, assim como outras três vítimas. Mas um dos jovens foi atingido na coluna cervical e poderá ficar paraplégico.
Como Thiago foi ao mesmo bailão e não deu notícias desde então, a família teme que ele também tenha sido baleado. ?Já percorremos delegacias e todos os hospitais da região, mas não há sinal dele?, disse o pai, o mecânico de elevadores Agnaldo Gaspar de Morais, 35, que ontem sentiu-se aliviado ao não encontrar o filho morto no Instituto Médico Legal.
Segundo Agnaldo, Thiago nunca passou mais de um dia fora de casa, e sempre que saía, telefonava para avisar. Um amigo do jovem disse tê-lo visto no bailão com uma garota – é a única pista do paradeiro do adolescente, que mora no Jardim Nova Morada, também em Tamandaré. A polícia local ainda não está certa da relação entre o tiroteio e o desaparecimento de Tiago.