Pouco depois de sair de sua residência, na Rua Vicente Vanoviaski, no Jardim Ipê, em São José dos Pinhais, Josiel Rodrigo Ramirez, 17 anos, foi assassinado com dois tiros, há poucas quadras de casa, na Rua Ieda Solange Ribeiro. Atingido no pescoço e na perna, ele ainda tentou buscar socorro e correu por alguns metros, tombando próximo ao campo de futebol do bairro, às 18h50 de domingo. “Este garoto já tinha várias antecedentes por roubo. Inclusive ele foi baleado nas nádegas por um passageiro, durante um assalto contra ônibus. Era o terror e já foi apreendido várias vezes, devido a reincidência”, relatou o superintendente Altair Ferreira, da delegacia de São José dos Pinhais. “Ele pertencia a uma gangue do Jardim Ipê e foi morto por integrantes de um grupo rival”, adiantou o policial.
Família
O pai do jovem, Cristóvão Ramirez não soube dizer o que teria motivado o assassinato. “Ele saiu 15 minutos antes para ir na casa de amigos. Deve ser coisa de molecada”, comentou, lembrando que o filho já tinha sido apreendido pela Justiça, mas não soube dizer o motivo. “Faz pouco tempo. Coisa de garoto. Acho que os amigos dele o envolveram em uma confusão”, afirmou.
Cristóvão estava em casa quando soube que havia um rapaz baleado próximo ao campo de futebol. Sem imaginar que era o filho, ele foi até o local conferir o que havia acontecido, encontrando Josiel sem vida. O Siate foi acionado, mas quando os socorristas chegaram nada puderam fazer para salvar o adolescente. “Ele até queria trabalhar, mas como era menor de idade, estava difícil. O Josiel também estava pensando em voltar a estudar. Ele parou há dois anos, quando estava na 5.ª série”, disse.
Investigações
Os soldados Valério e Guimarães, do 17.º Batalhão, que atenderam a ocorrência, não levantaram muitas informações que pudessem identificar o autor. “Segundo populares, este garoto tinha sido detido por assaltos. Talvez a morte possa ter alguma relação com isto”, comentou Valério. As investigações serão realizadas pela delegacia de São José dos Pinhais.
O superintendente Ferreira disse que ontem, uma equipe estava apurando o nome dos integrantes da gangue, envolvidos no assassinato. “Apesar da pouca idade, o menor já esteve várias vezes na delegacia. Ele foi reconhecido por vítimas por saquear caminhões de entregas e atacar ônibus”, frisou o superintendente.