Mais uma vez – a sétima, em 11 meses – foi adiado o júri das jovens Ágatha Cristiane Précoma e Vanessa Quinteiro Lopes, acusadas de terem assassinado por estrangulamento a mãe e avó de Ágatha, em maio de 1998, em São José dos Pinhais. O novo adiamento ocorreu ontem, a pedido do próprio juiz, Marcelo Valbach Silva, que assumiu como titular da 1.” Vara Criminal, na sexta-feira, e pediu um prazo para poder se inteirar do processo. Uma nova data para o júri deverá ser marcada nos próximos dias. Enquanto isso, as duas rés permanecem recolhidas na Penitenciária Feminina, em Piraquara.
O advogado de Ágatha, Osmann de Oliveira, informou ontem que impetrou mandado de segurança em favor da acusada, requerendo que ela seja submetida a um novo exame de sanidade mental antes de ser julgada. Segundo ele, a jovem foi examinada no Complexo Médico Penal, porém a defesa não teve acesso ao resultado do trabalho médico. Isso indica que o defensor – juntamente com o colega Hugo Maravalhas – pretendem demonstrar que Ágatha apresenta ou apresentava – na época dos fatos – desvios mentais.
Vanessa, por sua vez, é defendida pelo escritório-modelo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, que presta atendimento jurídico para pessoas carentes de São José dos Pinhais. Seus defensores pretendem provar que o crime aconteceu na noite de 30 de maio, quando a jovem tinha 17 anos (ela faz aniversário no dia 31 de maio), e não na madrugada do dia seguinte. “Esta diferença de algumas horas altera toda a situação”, garante um defensor. Caso seja comprovado que Vanessa era menor, ela não poderá ser submetida a júri popular e terá que ser punida de acordo com o Código da Criança e do Adolescente.