O aguardado julgamento de Vera Lúcia Bittencourt Crovador, que estava marcado para iniciar na manhã de ontem, no Tribunal de Juri, foi adiado a pedido da defesa. Ela é acusada de ter mandado matar o marido, o advogado criminalista Luiz Renato Crovador, em novembro de 1999. Seu defensor, advogado Osmann de Oliveira, apresentou um atestado médico alegando que não estar em condições de defender a cliente por estar com uma gripe forte. Um novo júri foi marcadado para 5 de junho próximo.
Desde de 27 de outubro de 2000, quando saiu da Penitenciária Feminina em Piraquara, graças a um alvará de soltura, Vera responde a acusação em liberdade. Ela garante que não teve nenhuma participação na execução do marido e diz que o crime foi uma queima de arquivo pois Luiz Renato “sabia demais”.
Passional
Vera Crovador, que está com 44 anos, admite que manteve um “rápido relacionamento” com o garoto de programa Mílis Rogério Santos, um dos acusados de envolvimento no crime. Mílis, que Vera diz ter conhecido em um bingo e que tinha 26 anos na época, seria uma importante peça para desvendar o caso, mas está foragido desde o assassinato.
Além de Vera, outras quatro pessoas acusadas de envolvimento no crime foram presas. Edson Rodrigues Zucco, o “Paulista”, e Cleverson Firmino Miró, o “Polaco”
já foram condenados pela Justiça. Eles seriam os pistoleiros que entraram no escritório do advogado, no Alto da Glória, fazendo-se passar por clientes.
A dupla teria sido contratada por Setembrino José Nórdio e fugido do local com a ajuda de Daniel Gomes Serápio. Setembrino Nórdio também já foi a julgamento, e terminou sendo absolvido. O júri de Serápio chegou a ser marcado, mas acabou sendo anulado e ainda não foi marcada uma nova data.
Família
A família do criminalista assassinato lamenta a não realização do júri e diz crer que Vera Crovador realmente mandou matar o marido, já que ela inclusive seria beneficária de dois seguros milionários. Já a defesa de Vera tenta descaracterizar o crime passional, afirmando que Crovador teria negócios ilícitos em outros Estados.