Um habeas corpus impetrado ontem pela defesa do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho impedirá que o juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, da 2.ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, julgue hoje a ida do caso a júri popular ou não.
Antes dessa medida judicial, a audiência que acontece nessa terça-feira já permitiria essa decisão. Mesmo com o habeas corpus, a audiência em que será ouvida uma testemunha de defesa do ex-deputado, está confirmada.
De acordo com o habeas corpus, concedido pelo desembargador Telmo Cherem, do Tribunal de Justiça do Paraná, a defesa do ex-deputado alega que o material de informática do posto de combustíveis ficou sob responsabilidade do Ministério Público e do advogado da família de uma das vítimas, Elias Mattar Assad.
Além disso, o advogado de defesa Roberto Brzezinski Neto afirma que a acusação teve direito de fazer alegações finais por escrito, o que também foi concedido pelo desembargador. Trinta dias foi o prazo concedido por Cherem.
Assad entendeu que a decisão do TJ-PR não considerou que a audiência de hoje foi pedida pela própria defesa, quando no processo já estavam colhidas as alegações finais da acusação. O advogado diz ainda que protelar não resolverá nada, uma vez que a sentença sairá após o prazo de trinta dias.
Carli Filho é acusado por duplo homicídio com dolo eventual pelo acidente que causou, no dia 7 de maio de 2009, a morte de Gilmar Rafael Souza Yared (26) e Carlos Murilo de Almeida (20).