Estava marcada para ontem mais uma audiência do caso da quadrilha organizada de Almirante Tamandaré, que acabou não acontecendo porque as cinco testemunhas convocadas não compareceram. O juiz Marcel Guimarães de Macedo iria interrogar, no fórum da cidade, cinco testemunhas de acusação. Está marcada para hoje à tarde nova sessão, para a qual foram convocadas outras quatro testemunhas.
Seriam ouvidas ontem as seguintes testemunhas: Márcio Nolácio da Silva, Silvio Franco, Antônio Sérgio Camargo, Ana Angélica Cavília e Josiane Iracema do Nascimento. Para hoje, estão convocados Jânio Marcos Correia, Luciana Costa dos Santos e Márcia Esteves.
Dezessete pessoas estão presas, acusadas de integrar a quadrilha organizada de Tamandaré, que contava com policiais militares e civis. Além de matar mulheres, o bando também assassinava homens e traficava drogas e armas. O bando começou a cair depois que a delegada Vanessa Alice foi designada especialmente para cuidar do caso, em dezembro do ano passado. Até então, mais de vinte mulheres haviam sido assassinadas na região dos municípios de Tamandaré, Rio Branco do Sul e Itaperuçu.
Presos
São acusados de integrar a quadrilha os policiais militares Juliano Vidal de Oliveira, Jean Adam Grott, Juarez Silvestre Vieira, José Aparecido de Souza, Leily Pereira, Jeferson Martins, Marcos Marcelo Sobieck, Paulo Celso Rodrigues e ainda Valdírio Adir Mangger (este último, ex-cabo da PM). Também estão detidos o policial civil Alexsander Perin Pimenta, escrivão que dava expediente na delegacia de Tamandaré, e Luiz Antônio da Silva, o “Luizão”, funcionário da Prefeitura que dava expediente na mesma delegacia.
Os outros detidos são Maria Rosana de Oliveira, a “Maria Zen”, dona da lanchonete Parada Obrigatória, acusada de acobertar os crimes da quadrilha e manter as mulheres que traficavam e que sabiam dos crimes em cativeiro em um quarto da lanchonete; André Luiz dos Santos, o “Andrezinho”; Celso Luiz Moreira, o “Celso Seco”; Sebastião Alves do Prado, o “Tiãozinho”; Antônio Martins Vidal, o “Tico Pompílio”, e Paulo Celso Rodrigues.
