Dois delegados que formavam na nova equipe de comando da Polícia Civil foram afastados ontem de suas funções (menos de 10 dias após tê-las assumido), pela prática de irregularidades, conforme anunciou o delegado-geral Adauto Abreu de Oliveira. Assegurando que não se trata de “perseguição” nem “caça às bruxas”, Oliveira disse querer que a polícia funcione dentro da legalidade, sem “ingerências de quem quer que seja”. Foram afastados os delegados Newton Tadeu Rocha, da Divisão de Polícia Especializada (DPE) e Francisco José Batista da Costa, da Divisão de Infra-Estrutura.
“Rocha mudou de função porque o seu cargo era comissionado e ele assinou um documento que desobedeceu as convenções”, explicou Oliveira. O documento era a autorização de férias do delegado Fauze Salmen (presidente da Associação dos Delegados de Polícia – Adepol), marcadas para fevereiro. Ele teria assinado o documento em 3 de janeiro, mas só assumiu a função que o autorizaria a assinar no dia 8.
Já no caso de Francisco Costa, o delegado-geral afirmou que ele ocupava interinamente a Divisão de Infra-Estrutura e deveria voltar à sua função original na Subdivisão de Transportes. Porém teria apresentado documentos irregulares para a contratação de funcionários que já haviam sido dispensados das funções por exercerem cargos de confiança.