Quatro anos depois de Angélica Aparecida Goulart, 15 anos, ser assassinada, os acusados de cometer o crime serão levados a júri popular. Hoje, Rodrigo Teixeira da Silva, 24 anos, e Ladir Ferreira de Almeida, 20, sentarão nos bancos dos réus no Tribunal do Júri de São José dos Pinhais. Ladir já confessou o assassinato, mas a defesa alega que ele está arrependido e que matou a jovem porque estava embriagado. Rodrigo será julgado pelo crime de estupro.

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O crime ocorreu em 27 de maio de 2004. Rodrigo e Ladir foram presos junto com Elias Lisboa, 22, e Sérgio Antônio Filhos, 19, dias depois. Elias não chegou a ser pronunciado, uma vez que não foram levantadas provas de que ele estava envolvido no crime. Sérgio morreu de câncer. Rodrigo ficou preso por um ano e meio e hoje está solto. Ladir, que confessou o crime, está preso há quatro anos. Ele cumpre pena no presídio de São José dos Pinhais.

Crime

Ladir, Rodrigo, Sérgio e um indivíduo conhecido por ?Gordo? teriam apanhado Angélica e a amiga dela, Genivalda, 16 anos, num posto de gasolina na Avenida Comendador Franco, perto da Vila Torres. As garotas entraram no carro e seguiram para a casa de Rodrigo, no Jardim Weissópolis, em Pinhais. Lá, as duas foram estupradas pelos quatro homens. Entretanto, o advogado de defesa deles, Nilton Ribeiro de Souza, alega que não houve violência sexual, e que a relação foi consentida pelas vítimas.

Em seguida, Rodrigo permaneceu na casa e os outros três saíram com as jovens de carro. No meio do caminho, Angélica teria pedido para urinar e eles pararam o veículo. Houve uma discussão e Ladir atirou nas duas jovens. Angélica morreu e Genivalda sobreviveu depois de passar dias no hospital. ?Ladir alega que ele atirou em Angélica porque ela era membro de uma gangue rival, cujos marginais mataram seus dois irmãos?, conta o advogado.

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Segundo Souza, Ladir e Rodrigo foram absolvidos do crime de estupro em primeira instância, mas o Ministério Público recorreu e hoje eles também serão julgados por esse delito. ?Apesar de apenas homicídio ser julgado no Tribunal do Júri, o crime de estupro também será avaliado pelo fato de estar diretamente ligado à morte?, concluiu o defensor. A sessão terá início às 9h.