Foto: Valquir Aureliano/Tribuna
Ramon, forte e musculoso,
acusa o amigo.

A acareação entre os dois acusados de participarem da agressão que resultou na morte do representante comercial Antônio Carlos Savano, 49 anos, deverá ajudar a polícia a apurar a verdadeira autoria do crime. A vítima foi espancada em um posto de gasolina, na Rua Itupava, Alto da XV, no dia 23 de dezembro. Antônio foi internado e morreu três dias depois. Os policiais então deram início às investigações e, depois de ouvir várias testemunhas, chegaram até os nomes dos prováveis assassinos: Bruno Carta Bressan, 23, e Ramon Fernando Ribeiro, 26. Bruno foi interrogado no último dia 27 e Ramon compareceu ontem no 5.º Distrito Policial. Os dois contaram que a confusão começou quando Chrystian, sobrinho de Antônio, interferiu numa discussão entre Bruno e outro indivíduo. Em meio ao tumulto, Antônio deu um soco em Ramon para defender o sobrinho. A partir disso, os dois acusados se contradisseram nos interrogatórios. Bruno afirmou que Ramon revidou a agressão e deu vários socos e chutes em Antônio, mesmo quando ele já estava caído. Ontem Ramon tentou desmentir o amigo, afirmando que foi Bruno quem agrediu o comerciante, uma vez que ele foi afastado pelo tumulto depois de ser agredido. "Os dois confessaram que participaram da briga, mas um culpa o outro pela morte de Antônio. Por isso, na próxima segunda-feira, pretendo fazer uma acareação entre os dois e descobrir quem está mentindo", disse o delegado Gutemberg Ribeiro, lembrando que poderá pedir a prisão preventiva dos dois.

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Gangue

As investigações conduzidas pelo 5.º Distrito Policial dão conta que os dois acusados fazem parte de uma gangue, chamada "galera da vitrola louca". "Testemunhas contaram que, quando alguém de fora vai à praça, eles arrumam encrenca", contou o delegado. De acordo com a polícia, o grupo já estaria sendo investigado por formação de quadrilha e lesão corporal, mas ainda nada foi comprovado.

Durante o interrogatório, Ramon disse que faz musculação há três anos. Porém, ele negou fazer parte da gangue. A polícia ainda aguarda o laudo do Instituto Médico-Legal para saber mais detalhes sobre quais foram as partes do corpo da vítima que foram atingidas e qual foi o tipo exato da agressão sofrida.

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