Acusados de assalto perseguidos e presos

Um garoto maltrapilho entrou em uma joalheria da Rua Desembargador Westphalen, centro, e distraiu o segurança, para que um assaltante o rendesse, às 18h50 de ontem. O roubo só não foi concluído porque um transeunte percebeu a ação e avisou a polícia. Os acusados foram detidos pela Polícia Militar a poucas quadras da joalheria, mas tanto Paulo, 40 anos, como Márcio, 29, negaram qualquer participação no delito.

O segurança Edson, 35 anos, contou que foi rendido por Márcio, depois que o garoto lhe distraiu a atenção. “O outro eu não sei se já estava na loja ou entrou junto”, disse. Quando era levado para dentro do estabelecimento, uma voz da rua alertou os assaltantes que havia “pintado sujeira”, e os dois fugiram levando apenas o celular rádiocomunicador do segurança. Um PM de folga, que passava pelo local, tentou impedir o assalto, mas teve sua pistola, calibre 380, roubada.

Táxi

Márcio foi detido dentro de uma loja de roupas da Rua Pedro Ivo, conforme relatou o soldado Guimarães, do Batalhão de Trânsito, o primeiro policial a ser avisado. Segundo ele, o acusado tentou esboçar resistência, mas desistiu. Com ele foram apreendidas a pistola roubada e outra, do mesmo calibre, mas com a numeração raspada, segundo a PM. O detido disse que estava olhando a vitrine, quando foi abordado, e que não estava armado. “Sou auxiliar social, moro em Apucarana, e estava passeando por aqui”, relatou, afirmando não ter passagem pela polícia.

Chamados em apoio, os soldados M. Adriano e Dal Negro, do 12.o BPM, detiveram Paulo, quando ele entrava em um táxi, na Praça Carlos Gomes. De acordo com a polícia, ele tentou jogar a pistola, 9mm, de fabricação argentina, embaixo do veículo. “Procurava um presente para minha esposa na joalheria, quando percebi o assalto fui embora”, defendeu-se Paulo. “Tenho pavor a armas”, alegou, negando a posse da pistola. Ele disse trabalhar como corretor de imóveis, morar na capital e ter a ficha limpa com a polícia.

Os detidos foram reconhecidos pelas vítimas e levados à Central de Polícia (Rua André de Barros).

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