Procurado pela polícia há mais de dois anos, Adriano Alpinhak da Silva, 30 anos, foi preso por volta do meio-dia de ontem, por investigadores da Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC), no Jardim das Américas.

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Ele é acusado de ter matado a facadas o promotor de Justiça Roberto Moellmann Gonçalves Barros, 39 anos, em fevereiro de 2007, na casa da vítima, no Ahu. O detido, que contava com dois mandados de prisão, confessou o crime e contou que planejava se entregar há tempos, mas não teve coragem.

Adriano foi detido pelos policiais Henrique e Pimentel, que o localizaram na casa de seus pais. “Ele nunca ficava muito tempo num lugar, estava sempre mudando de cidade”, disse Henrique. O superintendente Dilso Morgerot afirmou que o rapaz era procurado desde setembro de 2007.

Cronologia

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O promotor foi encontrado morto em sua residência, na Rua Santa Clara, no Ahu, na manhã de 22 de fevereiro de 2007. Três dias depois, Adriano se entregou à polícia. “Eu o conhecia há uns seis meses e fui jantar em sua casa. Tivemos uma briga e dei uma facada no pescoço dele”, admitiu o preso. Adriano foi denunciado por latrocínio (roubo com morte) porque, após o crime, sacou R$ 1.500 com cartões da vítima.

Em agosto daquele ano, Adriano foi beneficiado por habeas corpus. Porém, no mês seguinte, teve mandado de prisão expedido, por um processo que respondia por porte ilegal de arma, em que foi condenado a 2 anos e 10 meses de reclusão. Desde então, Adriano não foi mais localizado pela polícia. Em julho do ano passado, ele foi condenado pelo latrocínio do promotor e outro mandado de prisão foi expedido.

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Pregação

Na delegacia, Adriano contou que pretendia se entregar há cerca de um ano e meio, mas alegou que faltava coragem. “Sabia que tinha que enfrentar a condenação, mas fui covarde. Minha família também pedia para eu não me entregar.” Ele disse que estuda teologia e que recebeu “um chamado” para que voltasse para a cadeia para pregar aos detentos. Porém, nem a “força divina” foi capaz de fazê-lo se entregar.