Acusado de matar homem na RMC confessa o crime

Um crime que parecia insolúvel foi elucidado pela delegacia de Almirante Tamandaré, com a ajuda da população.

Há cinco meses Maurício Jonson, 29 anos, foi assassinado em sua casa, com uma facada no pescoço, e seu corpo destruído em um forno de cal. No último sábado, Arison Augusto Lourenço, 19 anos, foi preso e confessou o crime.

Por volta das 23h30 de 24 de janeiro um morador viu Maurício na frente da casa dele, na Rua Francisco Busato, com Arison e três homens. Uma hora mais tarde, quando o vizinho passou por lá novamente não havia mais ninguém. Quatro dias depois, familiares registraram queixa do desaparecimento de Maurício.

Eles foram até a casa da vítima e viram as marcas de sangue espalhadas pelo chão, assim como roupas sujas e uma faca. Dias depois, a polícia descobriu que Arison e os outros indivíduos haviam deixado o município. A partir dali, o grupo passou a figurar como principal responsável pelo desaparecimento dele.

Forno

Em 11 de fevereiro, o irmão da vítima contou à polícia que um vizinho disse que o corpo de Maurício estava no forno de cal de uma empresa. No local indicado, a perícia viu pingos de sangue na esteira que leva material ao forno. Entre as brasas haviam restos do corpo de um homem, que foram submetidos a exame de DNA. O resultado apontou que o corpo era de Maurício.

Arison passou a ser procurado e no último final de semana foi preso. Ao ser interrogado sobre o crime, confessou a barbárie. ?Éramos vizinhos e tínhamos brigado. Achei que estava tudo bem, e o vi fumando crack. Fui pedir fogo emprestado e ele me atacou. Para me defender, dei uma facada no pescoço dele?, descreveu Arison.

Ele esperou o vizinho agonizar até morrer, colocou o corpo no ombro e o arrastou até a industria de cal, a poucos metros da casa. ?Arrastei pela esteira e joguei no fogo?, contou.

Para a polícia, é impossível que Arison tenha cometido o crime sozinho. ?Ele diz que não tinha ninguém com ele, para defender os outros, mas a vítima era um rapaz grande e pesado?, finalizou o superintendente Marcos Furtado.

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