Já está atrás das grades o homem acusado de envolvimento no assassinato do empresário Yarede Yared Filho, 46 anos, morto após discutir com o ladrão e se negar a entregar o relógio Rolex que tinha no pulso. O suspeito, Wagner Shembenger Gomes, o “Porquinho”, 22 anos, escapou da cadeia do Alto Maracanã, em Colombo, há três meses, e também é apontado como autor de outro latrocínio naquele município. Por este motivo, estava com mandado de prisão decretado pela Justiça. Ele foi preso na manhã de quarta-feira, por policiais do Serviço Reservado do 17.º Batalhão e do Comando de Policiamento da Capital (CPC), quando andava pelas ruas do bairro São Gabriel. Apesar de o mandado ter sido solicitado pela delegacia do Alto Maracanã, devido às investigações sobre a morte do empresário, ele foi entregue na Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).
O delegado Rubens Recalcatti, titular da DFR, disse que está investigando a participação de “Porquinho” em diversos crimes de roubo seguidos de morte. Ele não confirmou a participação do suspeito na morte de Yared Filho, mas também não negou. “Estamos investigando”, limitou-se a dizer.
Suspeitos
Segundo informações, “Porquinho” seria o sujeito que ficou na motocicleta, enquanto o comparsa desembarcou do veículo, no início da tarde daquela quinta-feira, e se aproximou da Cherokee do empresário. Coincidentemente, os comparsas de “Porquinho”, conhecidos como “Cebolão” e Rodrigo, têm características semelhantes aos primeiros retratos falados divulgados pela Delegacia de Furtos e Roubos. “Cebolão” é apontado pela polícia como sendo um dos autores da morte do comerciante Sérgio Ferreira da Silva, 33 anos, dono de uma loja de equipamentos de som.
De acordo com as investigações, “Cebolão” e “Porquinho” assaltaram o estabelecimento de Sérgio, na Rua Goiânia, no bairro São Gabriel, em Colombo, no dia 30 de setembro. O comerciante não reagiu ao roubo e obedeceu os marginais, deitando-se no chão da loja, mas acreditando que os assaltantes já haviam saído, ele levantou-se bruscamente do chão, e levou um tiro na cabeça. O comerciante chegou a ser socorrido, mas não resistiu ao ferimento e morreu horas depois, no hospital.
“Porquinho” também foi reconhecido como autor do roubo de uma panificadora, uma videolocadora e um mercado. Todos em Colombo.