Ilson foi amarrado, amordaçado e executado a tiros. |
Um investigador da Polícia Civil, lotado no 11.º Distrito (CIC), foi preso ontem pela manhã por policiais do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gerco). Aparecido Lopes, conhecido como “Nego Cido”, estava com mandado de prisão preventiva decretado desde 30 de abril. Ele é acusado de envolvimento no assassinato de um homem, ocorrido em 3 de março, em Campo Largo. Outras duas pessoas – conhecidas como Galhardi e “Polaco” – foram presas ontem, acusadas pelo mesmo crime. As prisões foram pedidas pela Promotoria de Investigação Criminal (Pic), do Ministério Público Estadual.
O crime pelo qual o policial está preso foi uma execução. Na segunda-feira de Carnaval, 3 de março, o corpo de um homem foi encontrado por uma moradora, próximo da Rua Pascoal Carigano, no bairro Passaúna, divisa de Campo Largo com Curitiba. A vítima havia sido amarrada com cordões de náilon, com os braços para trás, amordaçada e executada com tiros na cabeça. Logo a polícia de Campo Largo desconfiou que o crime teria sido cometido por pessoas de Curitiba, pois a área faz divisa com a CIC – a mesma região em que atua o investigador “Cido”.
Identificação
Dois dias depois o corpo foi identificado. Tratava-se de Ilson Rodrigues Batista, de 50 anos. A família informou aos policiais que ele era comprador de alumínio e que andava sempre com dinheiro no bolso. Na última vez que foi visto, tinha saído de casa – no Jardim Santos Andrade, na CIC – para comprar farinha de trigo.
O caso passou a ser investigado por promotores da PIC. Em 30 de abril, a Central de Inquéritos expediu os mandados de prisão em nome de “Cido”, Galhardi e “Polaco”. Os dois últimos também moram na região do 11.º DP. O investigador foi encaminhado para o xadrez da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, que acolhe policiais detidos.