Claudinei pretendia se
apresentar à polícia esta semana.

Claudinei Cândido da Silva, 30 anos, recebeu uma saraivada de balas na Rua Albert Sabin, quase esquina com a Rua Francisco Planes Cordeiro, Urupiara II, Uberaba, por volta das 19h15 de sexta-feira. Seis tiros atingiram a vítima, que tombou morta na hora. Outros projéteis acertaram o muro e o portão de duas casas próximas. Claudinei, também conhecido por “Nei” ou “Neguinho”, estava sendo acusado de ter liderado um assalto, na noite de terça-feira passada.

Sobre o assassinato, poucas informações foram obtidas junto aos moradores pelo sargento Thuler e pelo soldado Robson, do 13.º Batalhão da Polícia Militar. “Disseram ter ouvidos cerca de 15 tiros, mas ninguém soube dar alguma característica dos assassinos”, lamentou o sargento.

Há cerca de um mês Claudinei havia alugado uma casa a poucos metros de onde foi morto. Ele estaria indo para a residência quando foi abordado pelos matadores. De acordo com levantamento preliminar do perito Victório, da Polícia Científica, o homem foi atingido por dois tiros na cabeça, dois nas costas, um na mão e outro na perna, provavelmente por revólveres de calibre 38. Um passaporte, emitido em junho deste ano, estava na pasta que a vítima carregava e foi recolhido pela polícia.

Assalto

Na última terça-feira, Claudinei foi apontado como mandante de um assalto a uma loja de equipamentos de som automotivos. Naquela noite, Marcos Lopes de Chaves e Carlos dos Santos, ambos de 24 anos, alegaram ter sido obrigados a cometer o assalto, na Rua Júlio César Ribeiro de Souza, Vila Hauer. Segundo contaram, Claudinei teria ameaçado os dois caso não o ajudassem no roubo. Porém, antes de a dupla ser detida pela PM, ele teria conseguido fugir em um Santana.

Luiz Fernando, marido de uma prima da vítima, contou que Claudinei não trabalhava e dizia que recebia uma mesada da mãe, que mora em Rondônia. “Ele disse que não tinha participado do assalto e que iria se apresentar à delegacia com um advogado”, relatou Luiz. Segundo Luiz, a vítima tinha um Santana.

Os investigadores Sérgio e Jaci, da Delegacia de Homicídios, colheram as primeiras informações para verificar se a morte de Claudinei tem ligação com o assalto. A vítima já tinha uma passagem pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos o que reforça a suspeita de seu envolvimento com outros delitos.

Claudinei morava com a mulher em Fazenda Rio Grande e se preparava para mudar para o Uberaba, assim que a amásia se recuperasse do parto. Ele tinha uma filha de apenas 10 dias.

continua após a publicidade

continua após a publicidade