Antônio Siqueira e João Sérgio de Almeida, acusados de serem membros de uma quadrilha de traficantes, foram assassinados na noite do último dia quatro, na casa de Catarina Brito Alves, em Borda do Campo, São José dos Pinhais. No local os policiais encontraram maconha, o que rendeu à mulher a acusação e prisão por tráfico de drogas. Porém, em carta enviada à redação da Tribuna, Catarina afirma ser inocente e nega saber que seu namorado, Antônio, era envolvido com o tráfico.
No documento, Catarina conta que conheceu Antônio em agosto de 2004, quando passou a se relacionar com ele. Ele, que morava em Foz do Iguaçu, a visitava com freqüência, afirmando ser proprietário de uma serralheria na cidade. ?Ele vinha uma ou duas vezes por mês para Curitiba e ficava na minha casa, trazia cartões de visita da empresa, simulava compras e voltava para Foz. Pra mim o negócio era limpo e ele inclusive fazia propostas de casamento?, relatou Catarina.
Segundo ela, no dia do crime Antônio chegou com um amigo em sua casa e à noite recebeu a visita de duas mulheres e um homem, até então desconhecidos para ela. ?Eles discutiram e ouvi quando os visitantes mandaram que Antônio e João ficassem quietos. Pulei a janela com minhas duas filhas e corremos. Em seguida ouvi o tiroteio e depois voltei para minha casa, onde encontrei os dois caídos, mortos?, contou.
Ela chamou a Polícia Militar, que ao vistoriar a casa encontrou um tijolo de maconha em cima de uma mesa. Imediatamente Catarina foi presa, sob acusação de tráfico de drogas. ?Foi assim que o ?príncipe encantado? desencantou. Seu comércio era fachada e ele, infelizmente, seria apenas um membro da quadrilha. Que Deus o tenha. Tenho horror a drogas, tanto que se soubesse que Antônio negociava com isso jamais o teria admitido em minha casa, onde também moram minhas filhas e meu pai?, finalizou a mulher, que insiste tornar pública sua versão relatando sua inocência, enquanto aguarda a decisão da Justiça na carceragem da delegacia de Quatro Barras.
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