Foto: Arquivo/Tribuna
Vera foi condenada em 2003.

Foi presa às 10h de ontem, em sua residência, no Jardim Social, Vera Crovador, 46 anos. Ela foi condenada a 17 anos de reclusão, em junho de 2003, sob a acusação de ser a mandante do assassinato de seu marido – o advogado criminalista Luís Renato Crovador – ocorrido em novembro de 1999.

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O advogado de Vera, Osmann de Oliveira, informou que após o julgamento, ele recorreu da sentença e pediu novo júri. Assim, sua cliente ganhou o direito de responder o processo em liberdade. Ele explicou que o Tribunal de Justiça negou o pedido e mandou expedir o mandado de prisão. "Não vejo motivos para a prisão. A sentença ainda não transitou em julgado", comentou o defensor. "É que virou moda no Tribunal o sistema secreto, em que o advogado só fica sabendo o que está acontecendo depois que o cliente está preso", reclamou Osmann. Ele adiantou que já entrou com recurso, alegando uma série de nulidades, que deverão ser apreciadas pelo Superior Tribunal de Justiça.

Assassinato

O criminalista foi assassinado dentro de seu escritório, às 10h, do dia 3 de novembro de 1999. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu e morreu duas horas depois. Vera foi presa no mesmo dia e permaneceu quase dois anos na Penitenciária Feminina, em Piraquara. Ela sempre negou qualquer participação no crime e dizia ser vítima de armação feita por policiais corruptos e criminosos, que teriam eliminado o advogado, por ele ser um "arquivo vivo", já que Crovador advogava para pessoas acusadas de crime organizado e policiais que foram ouvidos na CPI do narcotráfico em 2000.

Porém, seus filhos a acusaram, dizendo que a mãe confessou ser a mandante do assassinato para um parente. Vera conseguiu relaxamento da prisão em 2001, passando a aguardar o julgamento em liberdade, mas agora retornou à prisão.

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