Acusada de mandar matar o marido tumulta hospital

Acusada de mandar matar seu próprio marido, em fevereiro, a jornalista e apresentadora Rosana Grein, 27 anos, armou uma grande confusão no início da tarde, no Centro Psiquiátrico Metropolitano, no Alto da XV. A mulher telefonou para vários órgãos de imprensa, dizendo que tinha declarações importantes a fazer, mas quando os repórteres chegaram não quis atendê-los. Após quase uma hora de espera, ela decidiu falar, com a condição de que nenhum jornalista fizesse perguntas. Em seguida, ficou internada no Hospital Psiquiátrico Bom Retiro.

Ao telefonar para a imprensa, Rosana afirmou que tinha coisas importantes para falar sobre a acusação de ter mandado matar o apresentador Newton Sérgio Saciotti, 48. Ela forneceu o endereço da entrevista, na Rua Prosdócimo, mas não citou que era uma clínica psiquiátrica. Vários repórteres se dirigiram ao local e se surpreenderam assim que chegaram.

Negativa

Primeiramente a direção do Centro Psiquiátrico Metropolitano negou que a jornalista estivesse no local, mas pacientes que aguardavam para ser atendidos contaram que Rosana estava lá dentro.

Depois de várias tentativas de conversar com ela, chegou o advogado Elias Mattar Assad informando que a mulher estava abalada psicologicamente e havia sido levada por familiares até a clínica, contra a vontade. Posteriormente, Rosana concordou em falar: “Emagreci mais de nove quilos. Estou me sentido um trapo velho. Estou pagando por um crime que não cometi. Estou abalada com o assalto. Hoje resolvi pedir ajuda, porque não consigo mais dormir, tenho medo”.

Família

A irmã da jornalista, Graciele Grein, relatou que após o atentado contra Newton, Rosana telefona todos os dias chorando e já prometeu tirar a própria vida. “Ela mencionou suicídio hoje pela manhã. Antes ela tinha depressão, mas era devido ao trabalho estressante na imprensa”, justificou Graciele. “Ela é uma pessoa que ama muito o esposo”, completou a jovem.

O advogado Elias Mattar Assad garantiu que o fato de interná-la não é estratégia de defesa, já que as pessoas que têm problemas mentais não são punidas com penas, mas recebem sanções penais, que é internamento até o acusado obter melhora de saúde. “Ela não tem condições de pagar um médico particular. Está aqui pelo Sistema Único de Saúde (Sus). Não acredito que os médicos daqui iriam compactuar com isto”, argumentou o defensor.

Crime

Rosana é acusada de mandar matar o marido, Newton Sérgio Saciotti. Ele foi ferido com cinco tiros na cabeça, no último dia 17 de fevereiro. Na ocasião, Newton foi socorrido e internado no Hospital Cajuru, onde foi submetido a cirurgias e está se recuperando. A primeira informação era de que Newton havia sido vítima de ladrões, mas três dias depois, policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos prenderam o guardador de carros Claudiomir da Silva, mais conhecido como “Jorge Tadeu”, 26, que confessou o crime e apontou Rosana como mandante. Ela foi presa no mesmo dia e posteriormente foi liberada pela , em 4 de março.

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