Quando tentava embarcar em um voo para São Paulo, no aeroporto Afonso Pena, Flávia Rodrigues Diniz de Almeida, 39 anos, foi presa por policiais do 9.º Distrito Policial (Santa Quitéria).
Ela é suspeita de golpes com cartas de crédito falsas do consórcio Rodobens. O prejuízo das vítimas ainda é contabilizado, mas, segundo a polícia, pode passar R$ 200 mil.
De acordo com as investigações, Flávia usava um contrato original de consórcio de imóveis para dar veracidade às mentiras e conseguia vender e fazer adulterações das cotas que eram falsamente contempladas.
De cada vítima, eram recolhidos 10% sobre o valor total do bem, que nunca chegava às mãos dos consorciados. As denúncias começaram a ser feitas em 2006, desde então ela estava foragida.
Família
Para aplicar os golpes ela contava com o apoio da mãe, Áurea Rodrigues Diniz, que divulgava o trabalho da filha e induzia as vítimas a comprar o suposto consórcio.
Entre elas estavam pessoas com quem Flávia teve relacionamento amoroso, e até uma das suas irmãs, que ficou com uma dívida superior a R$ 50 mil. Uma tia de Flávia responde a nove processos provenientes dos seus golpes, que eram aplicados no litoral, Ribeirão do Pinhal, no interior do estado, e até em Caçador (SC).
Durante a investigação a polícia descobriu que Flávia morava em Porto Belo (SC) e, na manhã de segunda-feira, embarcaria para São Paulo, de São José dos Pinhais.
Ela foi surpreendida e presa por conta de um mandado de prisão expedido pela Vara de Inquérito Policiais. A golpista foi indiciada por estelionato e ameaça e está presa no 9.º DP.