Os presos rebelados na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC) concordaram em terminar a rebelião, por volta das 16h30 desta segunda-feira (25), após mais de 30 horas de negociação. Por volta das 4 horas da manhã desta terça-feira (26) os últimos reféns foram liberados e receberam atendimentos médicos. Ainda na madrugada a policia começou a fazer a contagem dos detentos.

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O motim, que começou durante a distribuição do café da manhã no domingo, teve 5 mortes confirmadas oficialmente. Alguns foram decapitados, outros lançados de cima do prédio. Um dos presos jogados do telhado sofreu fraturas nas pernas e sobreviveu. Existem ainda presos desaparecidos.

O juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Paulo Damas, afirmou que muitos detentos serão retirados em ônibus e van. Dos cerca de 1 mil presos que haviam na PEC no início da rebelião, apenas entre 150 e 300 devem permanecer porque os amotinados danificaram bastante a estrutura. Segundo a assessoria da Secretaria da Justiça (Seju), os presos serão levados para Curitiba, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Francisco Beltrão.

A maioria dos presos que se rebelaram caminhava pelo telhado cobrindo o rosto com capuz. Eles exibiram faixas improvisadas com identificação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Em vários momentos, exibiram presos feitos reféns, vestindo apenas cueca, com toalha amarrada no pescoço e sofrendo agressões. Pelos menos dois desses presos foram decapitados.

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Negociações

As negociações começaram domingo de manhã e tiveram uma pausa durante a noite, sendo retomadas nesta segunda-feira cedo. Além de policiais militares, representantes do Departamento de Execução Penal (Depen), da Seju, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) e Defensoria Pública participaram das tentativas de dar fim ao motim.

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Os presos alegaram más condições do presídio e da comida, além de agressões e abusos durante as revistas das visitas. Porém, existe a possibilidade de a rebelião ter sido motivada por briga entre facções.