Inspetor Iraci divulgou as estatísticas da PRF. |
O número de acidentes em rodovias federais no Paraná cresceu 41,6% em 2002, no comparativo com 2001. Este foi o maior índice registrado em todo o Brasil. No País houve um aumento de 6,15% no número de acidentes e de 7,92% no número de mortes. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontaram mais de 76 mil multas aplicadas no ano passado. A grande maioria por falta de atenção do motorista e excesso de velocidade. Nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pará e Amapá o número de acidentes diminuiu.
Conforme o chefe do Núcleo de Operações Especiais da PRF no Paraná, inspetor Iraci Gehrke Huy, o número de acidentes cresceu de 5.359 em 2001 para 7.593 ano passado. A quantidade de acidentes com vítimas cresceu 0,98%. O número de feridos teve uma redução de 2,3%, caindo de 4.038 para 3.945. A quantidade de mortos também subiu para 298, um aumento de 2,05% em relação às 292 mortes registradas em 2001.
Multas
O número de multas também cresceu. Em 2001 foram 3.072, já no último ano foram 3.649. Gehrke afirmou que a maioria foi por excesso de velocidade.
O inspetor explicou que a metodologia das estatísticas influenciou no crescimento do número de acidentes. “Antes os pequenos acidentes, sem vítimas, não eram computados. Desde o ano passado eles passaram a fazer parte das estatísticas”, explicou, destacando que o número de acidentes sem vítimas cresceu de 2.716 para 4.924, o que influenciou no resultado final.
Gehrke disse que o local mais delicado para o trabalho da PRF é a BR-277 no trecho entre Guarapuava e Foz do Iguaçu, onde a pista é simples. As BRs 277 e 376 quando dão acesso ao litoral também são alvo de preocupação da PRF. “Na BR-116 o movimento é constante durante todo o ano. Em dezembro, janeiro e fevereiro é pior, pois é temporada de férias e chove muito”, contou o inspetor, destacando que para a operação verão a PRF designou maior numero de policiais nas estradas e está usando até um helicóptero.
“A recomendação que nós podemos dar aos motoristas é que observem bem o local de deslocamento e as condições que ele oferece”, concluiu Gehrke.