Por questão de centímetros, um acidente não se transformou em tragédia às 9h30 de ontem, em Curitiba. Um caminhão desgovernado despencou do viaduto da BR-116 e caiu em cima de um Gol, que trafegava pela alça lateral da Avenida Marechal Floriano Peixoto, Hauer. O casal que ocupava o carro não foi atingido. Somente o passageiro do caminhão sofreu ferimentos leves.
O militar reformado Peter Tows, 65 anos, motorista do Gol AJK-3461, de Curitiba, percebeu quando pedaços de concreto e foligem começaram a cair do viaduto. “Freei o carro para ver o que acontecia e de repente tudo caiu em cima de nós. Nunca tinha visto chuva de caminhão”, lembrou, já descontraído. Por muita sorte, a cabine da Mercedes-Benz 1934, placa MBN-5660, de Foz do Iguaçu, tombou de ponta-cabeça sobre o capô do Gol, sem atingir o motorista e a esposa Ruth Schmidt Tows, 43 anos, que vinha no banco do carona. “Se eu parasse um metro para frente, morreríamos esmagados”, disse Peter, creditando o fato de estar vivo à proteção divina que pede toda vez que pega a estrada.
Queda
Marcelo Zawerucha, 28 anos, tinha comprado o caminhão sexta-feira – ele e o irmão Luciano, 26 anos, dirigiam-se ao Detran para regularizar a documentação do veículo quando houve o acidente. “Alguém tocou no meu rodado traseiro e eu perdi o controle”, disse Marcelo, ao explicar a queda. Como o caminhão estava sem carroceria, ficou vulnerável e pendeu para a beira do viaduto, caindo de uma altura de dez metros. Um Corcel, que fugiu do local do acidente, seria o carro que tocou na roda de Marcelo.
Apesar da queda, o motorista não se feriu, e Luciano sofreu apenas uma fratura no pé. “Quando tombamos, nossa maior preocupação foi com o pessoal do Gol. Pensamos que o caminhão estava em cima deles”, disse Marcelo, que não havia feito o seguro do veículo.
