Na tentativa de evitar o pior, um Corsa e um caminhão foram juntos para o acostamento e colidiram de frente na cabeceira da ponte sobre a represa do Capivari, no quilômetro 42,8 da BR-116, em Campina Grande do Sul. O acidente ocorreu às 10h30 de ontem e matou a passageira do carro, Gilvania Floriano da Silva, 30 anos. O marido dela e condutor do carro, Rodrigo Ramiro Muniz, e a filha do casal, Lara Giovanna Floriano Muniz, 2 anos, foram levados em estado grave ao Hospital Angelina Caron, no mesmo município.
A família estava no Corsa placa DKG-8695, de Barueri (SP), e vinha em direção a Curitiba. O caminhão-baú Mercedes-Benz AAL-8874, de Pinhais, tinha saído da Região Metropolitana de Curitiba, conduzido por Nilton Cotta, 52, e seguia para o Espírito Santo com uma carga de balcões. ?Quando vi o carro, tirei o caminhão para fora, mas ele pensou o mesmo. Foi tudo muito rápido?, relatou Nilton, acrescentando que esse foi seu primeiro acidente em 20 anos de profissão.
Socorro
A criança foi socorrida pelo helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Rodrigo pelo carro de resgate da PRF. Os dois estavam inconscientes quando foram atendidos.
Os veículos bateram praticamente de frente e o lado do passageiro foi o mais atingido. De acordo com levantamento preliminar da Polícia Científica, os dois veículos frearam, mas não conseguiram evitar o impacto. O Corsa foi arrastado por cerca de 15 metros. ?Acho que ele pensou que a pista dupla continuava?, comentou Nilton.
Naquele ponto a pista é única por causa da reconstrução da ponte que desabou em janeiro deste ano, matando um caminhoneiro. Apesar de haver placas indicativas da conversão em mão-dupla na ponte que restou, não há marcação horizontal dividindo as pistas, o que pode confundir motoristas. ?Na hora do acidente tinha uma fila de carros?, contou Nilton. Existe a possibilidade de o condutor do carro ter tentado uma ultrapassagem.
Perigo
O acidente foi atendido pelos policiais rodoviários federais Moraes e Nagano, do posto da PRF Taquari. Eles coordenaram o trânsito até a liberação total da rodovia. ?Ainda esta semana registramos mais mortes nesse trecho?, comentou Moraes. Ele se referia à colisão entre uma Parati e um caminhão bitrem ocorrida na tarde de quarta-feira, a 400 metros da cabeceira da ponte, no quilômetro 42. Raquel Favaro, que dirigia o carro, morreu na hora. Suas duas filhas, de 2 e 6 anos, e uma amiga ficaram feridas.
De acordo com previsão do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) no Paraná, feita em agosto deste ano, a reconstrução da ponte terminará em janeiro. Enquanto isso, os motoristas que vêm de São Paulo ou vão para o estado vizinho devem redobrar os cuidados ao volante.