Um grave acidente ocorreu na noite de quarta-feira, no quilômetro 43 da BR-116, há 300 metros da ponte da represa do Capivari, e causou um engarrafamento de dez quilômetros na pista para São Paulo e 12 quilômetros no sentido Curitiba. O Fusca branco, placas AHE-7955 (Campina Grande do Sul), que tinha como ocupantes Rui José Motta Santos, 26 (condutor) e Ziele Cordeiro Santos, 24, colidiu de frente com o caminhão-baú Mercedes L1620, placas AAA-3432 (São José dos Pinhais), conduzido por Áureo Pinheiro Rocha, 33. Logo atrás vinha o caminhão-tanque Mercedes 1316, placas CGR-5275 (São Paulo), que estava vazio e era dirigido por Florêncio Calchiano, 57, que não conseguiu parar e bateu na traseira do caminhão-baú. Os motoristas dos caminhões não se feriram, porém os ocupantes do Fusca morreram na hora. Um deles, Ziele, segundo relatos de um popular que acompanhava o resgate, morava e trabalhava na região.
Os policiais rodoviários federais do Posto Taquari, disseram que o tacógrafo do caminhão-baú marcava 21h18 como sendo o provável horário do acidente. Segundo o relato de Áureo, que trafegava no sentido São Paulo, o Fusca vinha "rabeando a traseira", em alta velocidade, pela contra-mão. "Vi o Fusca muito em cima, e depois da batida já não consegui ver mais nada", diz o caminhoneiro, que estava com uma carga de 11 mil quilos dentro do baú.
O perito Siqueira, do Instituto de Criminalística, diz que a marca de frenagem no asfalto era de 30 metros, provável distância do arrastamento do Fusca antes de parar no barranco. A colisão, segundo o perito, foi na parte dianteira-lateral, e provavelmente durante o arrastamento é que o veículo foi parar embaixo do caminhão. Os corpos foram levados para o IML de Curitiba.
Tragédias
Segundo o policial Vieira, do Posto Taquari, a "curva do sargento", local onde ocorreu a colisão, é uma área de acidentes freqüentes, sendo uma das partes mais perigosas da estrada entre Paraná e São Paulo. Este trecho está funcionando com mão dupla devido às obras da ponte que caiu no final de janeiro, bloqueando parte do tráfego na pista sentido Curitiba – São Paulo. O argentino Carlos Riberi, 31, que passa semanalmente pela BR-116 entre Salvador e Florianópolis, reclama da sinalização. "Estou cansado de trocar pneus, ver caminhões capotados, acidentes … falta sinalização nesta estrada", reclama o motorista que ficou 4 horas e meia parado, esperando para atravessar a ponte em reforma, na semana passada.