Acidente de trânsito mata motoqueiro em Curitiba

A placa que ordena a parada dos motoristas que vêm pela Rua Coronel Temístocles de Souza Brasil, na esquina com a Rua México, limite entre Jardim Social e Bacacheri, parece não existir.

Mais uma vez, uma pessoa avançou a preferencial e causou um grave acidente. Desta vez, um motociclista morreu. José Olicio Ferreira, 54 anos, de acordo com testemunhas, cruzou a Rua México, às 18h40 de ontem.

Ele conduzia a Honda Titan placa AKW-6143 e atingiu a lateral dianteira do Gol, APS-6053, que trafegava pela pista da direita. José foi arremessado sobre o veículo e caiu na calçada. Ele bateu a cabeça no meio fio.

Mesmo com o capacete, sofreu uma lesão grave no pescoço. Uma equipe do Siate tentou socorrê-lo, mas ele morreu a caminho do Hospital Cajuru. Do outro lado da rua ficou a caixa da moto, com uma bota suja de barro.

Família

No Gol estava uma família que voltava de Santa Catarina. Valdecir Alessi conduzia o veículo, acompanhado da esposa Flaviane e de três filhos de 10, 8 e 3 anos. A filha mais nova estava em uma cadeirinha, exatamente atrás do pai. “Se a moto batesse um pouco mais atrás, teria atingido minha filha. O motociclista nem nos viu, simplesmente atravessou a rua”, conta a mãe.

Reclamação

Os moradores garantem que os acidentes no mesmo cruzamento são frequentes. Gisele de Pauli contabiliza, em média, dez acidentes por mês. “Quando a gente pede providências para a Urbs, eles dizem que não há fluxo de veículos para que um semáforo seja instalado aqui, mas o índice de acidentes existe e está cada dia mais alto”, desabafa.

A vizinha dela, Patrícia Bodot, conta que já foram feitos abaixo-assinados desde que a Rua México se tornou mão única, em 2009, e os acidentes aumentaram. A imprudência é tanta que, durante a produção da reportagem, a equipe flagrou um veículo trafegando na contramão, mesmo com a presença do Batalhão de Polícia de Trânsito. “É só colocar um semáforo que as pessoas serão obrigadas a parar. Se continuar assim, muita gente vai continuar furando a preferencial”, supõe Patrícia.