Um pequeno acidente causou susto em uma clínica odontológica no Jardim Pinheiro, em Maringá, no final da tarde de ontem. Ao tentar remover um aparelho de raio-x, o equipamento quebrou e a dentista começou a sentir uma ardência na pele. Pensando se tratar de alguma contaminação radioativa, imediatamente buscou ajuda profissional. A dentista e as outras três pessoas que estavam com ela – o filho de oito anos e outros dois homens – foram encaminhadas ao Pronto Socorro do Hospital Universitário (HU) com queimaduras. Os envolvidos no incidente foram liberados do hospital por volta das 18h.
Depois de vistoriar o local do acidente, o professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), doutor em física, Nilson Lopes, descartou a possibilidade de se tratar de um acidente radioativo. Ele explica que as queimaduras em grau superficial, segundo a direção de enfermagem do HU foram provocadas pelo líquido químico utilizado para a revelação do raio-x. Lopes ainda afirma que no aparelho não há elementos radioativos.
A primeira suspeita levantada, mas logo anulada, havia sido de uma contaminação por césio, um elemento com grande capacidade de ionização, utilizado em células fotoelétricas (como fonte de radiação gama, relógio atômico e lâmpada infravermelha). Composto, o elemento pode ainda ser usado na fabricação de baterias, vidros especiais, cintiladores e para medir espessuras de filmes de semicondutores.
