Jair levou os tiros e ainda correu, mas
foi cair sem vida na porta do banheiro.

Eram 23h30 de sábado quando alguém bateu à porta da casa do catador de papéis Jair de Oliveira, 36 anos, e da amásia Simone, 23. A mulher estava no sótão e pediu para Jair atender, sem imaginar que se tratava do chamado de morte do companheiro: assim que ele abriu a porta, seis tiros espoucaram. Ferido, o carrinheiro correu para os fundos da casa, na Rua José Gianinni Pancetti, Jardim Savana, Guabirotuba, e tombou sem vida na porta do banheiro. O assassino desapareceu em seguida.

As testemunhas ouvidas pela polícia relataram que não houve briga nem confusão. No corredor que dá acesso à residência, foram encontrados sete estojos de pistola calibre 380, arma usada para matar a vítima. Ninguém soube dizer a identidade do assassino.

Homicídio

O passado de Jair fez surgirem as primeiras hipóteses do crime. Ele era acusado de matar com três tiros o compadre Ismael Francisco Leandro Vaz, 43 anos, em 17 de setembro do ano passado, na Vila das Torres. O motivo seria uma discussão envolvendo a ex-mulher e o filho de Jair, de 11 anos. “Por causa disso, meu sobrinho saiu da vila e foi morar no Guabirotuba. Os parentes do Ismael ameaçaram ele de morte”, conta a tia da vítima, Ana Rosa dos Santos.

Jair, que havia fugido do Centro de Triagem enquanto respondia inquérito por outro assassinato, foi preso dias depois pela Delegacia de Homicídios. Há cerca de quatro meses, deixou o presídio do Ahu mediante alvará de soltura. Além disso, o catador de papéis estaria envolvido numa briga judicial com ex-mulher pela guarda do casal de filhos.

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