Marcelo Luiz Miranda, encaminhado por militares a uma delegacia como envolvido numa ocorrência policial foi, na verdade, vítima de bandidos. O fato ocorreu no dia 9 de setembro de 2006, e foi noticiado aqui na Tribuna no dia 11 de setembro de 2006. A abordagem, feita por dois policiais militares do 12.º Batalhão da PM, por pouco não resultou em tragédia.
Por volta das 21h daquele dia, o soldado Pazini e o cabo Barreto faziam patrulhamento com a viatura 6283, e suspeitaram dos ocupantes do Chevette placa AHE 3255, de Curitiba. O carro tinha película nos vidros, o que dificultava a visibilidade. Os policiais deram sinal para que o veículo parasse, mas os marginais reagiram à ordem atirando. Houve revide e os dois carros ficaram crivados de balas. Os dois PMs e Marcelo ficaram feridos e foram hospitalizados.
O tiroteio aconteceu na Rua Deputado Heitor Alencar Furtado, em frente ao Carrefour Champagnat, Campo Comprido.
Cartões
Marcelo Luiz Miranda, proprietário do automóvel, havia sido vítima de um seqüestro relâmpago, como ele mesmo declarou em depoimento prestado no 8.º Distrito Policial. Disse ele que, no dia em questão estava parado em via pública da Vila Esplanada, bairro Campina do Siqueira, quando foi abordado por dois indivíduos armados, que lhe deram voz de assalto e entraram no seu veículo. Que o obrigaram a rodar com o automóvel, exigindo cartões bancários para efetuar saques, o que não aconteceu, porque ele não portava nenhum cartão. Que rodaram por algumas quadras quando, próximo ao Carrefour, foram abordados por policiais militares. Afirma ele que os assaltantes trocaram tiros com os policiais e que ele levou um tiro no lado esquerdo da barriga, não sabendo se o autor deste disparo foi algum dos bandidos ou um dos policiais. Que os assaltantes conseguiram fugir e ele foi encaminhado ao Hospital Evangélico, junto com os policiais feridos.
Depois de medicado, foi encaminhado à delegacia. Marcelo completou o depoimento relatando que não conhecia os assaltantes.
Marcelo é, portanto, pessoa idônea que nenhum envolvimento teve na ocorrência em questão, tanto que, depois de ouvido e de acordo com levantamentos feitos pelas autoridades policiais, foi liberado e nenhum crime lhe foi imputado. Marcelo ainda afirma que não é morador de área de invasão.