Operação Ferrari

24 pessoas denunciadas por tráfico internacional de drogas

O Ministério Público Federal (MPF) no Paraná denunciou, na última quinta-feira (18), 24 pessoas por crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e supressão de documentos.

As denúncias foram oferecidas à 14ª Vara Federal de Curitiba, em consequência da Operação Ferrari, deflagrada no dia 15 de junho (veja a lista de denunciados abaixo.

De acordo com o MPF, os crimes foram cometidos sob o comando ou em benefício dos quatro líderes da organização criminosa: Alexandre Teodoro de Souza, Manoel Fernandes da Silva, Éder Adriano Banzatti e Valdeci Vieira da Costa. Os três primeiros viviam em Londrina/PR e Costa em Hortolândia/SP.

A organização criminosa agia no tráfico de drogas havia pelo menos 10 anos e a denúncia especifica fatos criminosos comprovados que aconteceram em 2014 e 2015. Segundo o que foi apurado nas investigações, o patrimônio avaliado da organização já ultrapassa os R$ 40 milhões.

Em linhas gerais, o modus operandi da organização consistia no seguinte: importação de pasta de cocaína do Peru e da Bolívia (via Paraguai); aquisição da droga e insumos necessários para o refino da matéria-prima e adulteração do produto final (cloridrato de cocaína) em laboratórios de São Paulo e Bahia; transporte da droga; distribuição ao núcleo comprador (localizado em Salvador); transporte dos pagamentos, em espécie, ao núcleo comprador (utilizando aviões de carreira, inicialmente, e depois em veículos leves); ocultação, dissimulação e integração do dinheiro ilícito por meio de empresas de fachada e laranjas (lavagem de dinheiro); suborno a policiais do estado de São Paulo; e supressão de documentos e objetos relacionados aos crimes.

Entenda a Operação Ferrari

A Operação Ferrari teve como principal objetivo desarticular cinco núcleos de organização criminosa envolvidos com tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro em 15 municípios dos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia e Sergipe.

Na deflagração da Operação, participaram 300 policiais federais e 28 servidores da Receita Federal do Brasil, que deram cumprimento a 49 mandados judiciais, sendo 20 mandados de prisão preventiva, 22 mandados de busca e apreensão e sete mandados de condução coercitiva. Os mandados de prisão, busca e apreensão foram pedidos pelo MPF/PR e autorizados pela 14ª Federal de Curitiba.

De acordo com informações da Polícia Federal, durante a operação foram apreendidos R$ 634 mil em dinheiro, R$ 460 mil em cheques, 42 veículos de luxo, dois reboques, 27 caminhões, duas motos importadas, 37 celulares, uma arma, e 91 relógios e joias.

O nome da operação é em alusão ao estilo de vida luxuoso que os criminosos mantinham. Eles são proprietários de casas em condomínios horizontais de alto padrão em Londrina, empresas para lavagem de dinheiro, automóveis importados e embarcações de luxo – tudo, de acordo com a Polícia Federal, fruto do tráfico internacional de drogas. Todos os presos foram conduzidos a Curitiba.

Cidades-alvo da Operação

Paraná: Londrina, Cambé, Arapongas, São Jerônimo da Serra e Porecatu;

São Paulo: Osasco, Indaiatuba, Hortolância, Salto, Sumaré, Araçoiaba da Serra e Campinas;

Mato Grosso do Sul: Mundo Novo;

Bahia: Salvador;

Sergipe: Aquidaban.

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