Doze pessoas envolvidas com explosões de caixas eletrônicos foram presas neste fim de semana em uma megaoperação entre as polícias Militar e Civil. Segundo a polícia, eram duas quadrilhas, que seriam especializadas no crime. Uma das quadrilhas é suspeita de estourar três caixas eletrônicos dentro do Walmart do bairro Santa Quitéria, em maio. Um dos bandidos estava com o mesmo moletom usado no dia do crime.
A primeira prisão aconteceu na noite de sábado (12) na BR-277, em São José dos Pinhais, após troca de tiros entre a polícia e os bandidos. No revide, um homem, que seria o líder de um dos grupos criminosos, morreu.
Os policiais chegaram até o homem depois que o Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) descobriu que seria feita a venda de um fuzil e arma estaria com o homem. Com ele foi apreendido o fuzil e, nessa primeira operação, sete pessoas foram presas. Os policiais também apreenderam várias armas, coletes balísticos e munição para diversos calibres.
Simultaneamente, a segunda quadrilha foi encontrada horas depois e também na manhã desta segunda-feira (14), na cidade de Jaguariaiva. Quatro pessoas foram perseguidas pela polícia e o carro em que estavam acabou rodando. O quarteto fugiu para um matagal, dois deles foram para São Paulo, mas foram encontrados.
Os outros dois voltaram ao Paraná e foram capturados na região metropolitana de Curitiba. Com um dos suspeitos, os policiais encontraram 1,4 quilos de crack, 12 quilos de explosivos, pedaços de caixas eletrônicos, 630 espoletas, munição de pistola e de fuzil. Também foram apreendidos um colete balístico e radiocomunicadores.
Segundo o delegado Rodrigo Brown, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), as duas quadrilhas estavam fortemente preparadas para, inclusive, atacar policiais. Os policiais do Diep já vinham investigando os suspeitos desde o começo do ano.
Bancos em foco
A partir de agora, conforme informou o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita, os bancos terão de reforçar a segurança para ajudar a evitar os ataques. “Percebemos certa omissão por parte dos bancos e já tínhamos até dado um prazo para que eles se ajustassem, mas agora vamos voltar a conversar para que algo seja feito”, explicou.
Para o secretário, quanto mais artifícios, como câmeras, alarmes e equipamentos de segurança de modo geral, menos as ações dos bandidos acontecerão. “Isso porque percebemos que eles escolhem os locais menos protegidos”.