Dados do setor de segurança privada indicam que a clandestinidade cresce no segmento. No Paraná, cerca de 10 mil vigilantes atuem de forma ilegal, sem qualquer tipo de fiscalização. Esse número representa 27% dos profissionais em atuação, contratos de maneira legal por 132 empresas no Estado.
No cenário nacional o índice é ainda pior. Aproximadamente cinco mil empresas atuam de forma clandestina na segurança privada, em todo o Brasil, enquanto pouco mais de 2,5 mil estão devidamente legalizadas.
Para combater a disseminação de empresas clandestinas, a Polícia Federal (PF) lançou hoje (24) a Campanha Nacional de Prevenção e Combate à Segurança Clandestina.
A iniciativa visa, além disso, informar e alertar a população sobre os riscos da clandestinidade no setor e orientar as empresas que contratam este serviço. A campanha será lançada em Brasília.
“A ilegalidade, infelizmente, prevalece sobre as empresas que atuam de forma legal”, afirma o presidente do presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (SINDESP-PR), Jeferson Nazário, que também é presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist).
A ação, como acrescenta Nazário, é um reforço e complemento do trabalho de fiscalização que vem sendo desenvolvida pela PF e os sindicatos do setor. “Por meio da campanha. esperamos conscientizar os futuros contratantes sobre os riscos reais da clandestinidade”, ressalta o presidente.
Para a coordenadora geral de Controle da Segurança Privada da PF, Silvana Vieira Borges, a campanha tem o objetivo de conscientizar os cidadãos sobre a contratação do serviço regular. “A ação representa uma oportunidade de padronização de procedimentos, trabalho este que, ao final, visa trazer maior segurança à sociedade” ressalta.
O Paraná no combate à ilegalidade
O Sindesp-PR, desde 2008, mantém uma campanha de combate às empresas clandestinas que atuam na segurança privada no Paraná. A campanha tem como intuito coibir o crescimento desse tipo de prática, que gera diversos riscos à sociedade e aos contratantes.
A campanha, intitulada “Diga Não à Clandestinidade”, foi o grande marco institucional do Sindicato e deu visibilidade à atuação de seus diretores, bem como possibilitou a participação em discussões sobre o assunto no âmbito dos poderes municipal, estadual e federal.
A campanha é continua e resultou no fechamento de empresas ilegais e na associação de novas empresas ao Sindicato. “Atuamos para garantir a integridade física e a segurança de indivíduos e patrimônios públicos e privados, promovendo, assim, a integração da segurança pública e privada”, finaliza.