Hospital Evangélico

1.ª audiência de instrução do Caso Virgínia começou

A primeira audiência de instrução do caso da médica Virgínia Helena Soares de Souza, suspeita de antecipar mortes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico, em Curitiba ocorreu na tarde desta quarta-feira (25), no Tribunal de Júri.

Foram selecionadas 19 testemunhas de acusação pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que, em princípio deverão ser ouvidas até o final do dia desta quinta-feira (26).

De acordo com o promotor que acompanha o caso, Paulo Sérgio Markowicz de Lima, no primeiro dia foram ouvidos médicos, com informações de teor mais técnico e parentes de algumas supostas vítimas.

A primeira fase da audiência começou com perguntas feitas pelo Ministério Público, em seguida, abriu-se espaço para questionamentos da defesa. A sessão foi concluída com as considerações feitas pelo juiz Daniel Ribeiro Gazela, às… (ver horário de término).

A defesa da médica selecionou mais de 60 testemunhas. As audiências para essa fase do processo ainda não foi definida, mas, segundo o promotor, o juiz deixou claro que quer agilidade na resolução do caso.

A assessoria de imprensa do advogado de Virgínia, Elias Mattar Assad, afirmou que foi feito um trabalho minucioso, com forte embasamento técnico, para questionar as testemunhas de acusação e a forma como as investigações foram conduzidas. Dependendo dos resultados nesta primeira fase, boa parte das testemunhas de defesa poderá dispensada.

O caso

Uma operação realizada, em fevereiro deste ano, pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), identificou possíveis irregularidades nas mortes de pacientes que foram internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico. Virgínia era a médica que chefiava o setor e foi considerada a principal suspeita de coautoria da antecipação das mortes.

De acordo com a assessoria de imprensa do advogado de defesa da médica, Elias Mattar Assad, no primeiro inquérito, encaminhado ao Ministério Público, que está na fase de ouvir as testemunhas, constam oito mortes suspeitas. Caberá à Justiça definir se o processo será criminal ou não.

Além da chefe da UTI, foram presos outros médicos denunciados são Maria Israela Cortez Boccato, Edison Anselmo da Silva Júnior e Anderson de Freitas. Também são suspeitas as enfermeiras Patrícia Cristina de Goveia Ribeiro e Lais da Rosa Groff. Segundo o MP-PR, cada um deles participou de pelo menos uma das mortes investigadas. Nenhum dos suspeitos continua preso.

Outras duas pessoas, que também trabalhavam no Hospital Evangélico, foram denunciadas apenas pelo crime de formação de quadrilha: a fisioterapeuta Carmencita Emília Minozzo e o enfermeiro Claudinei Machado Nunes.

Há outro inquérito em aberto na Polícia Civil, sobre o mesmo caso, mas com a investigação de outras mortes. O trabalho ainda não foi concluído, por isso não foi encaminhado ao MP para sugestão de denúncia à Justiça.

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