O zoológico de Curitiba já pode voltar a fazer permutas de animais com outros zoológicos do país para ampliar o seu acervo e realizar pesquisas. O Ibama suspendeu na manhã desta quinta-feira (07) o embargo que foi imposto ao zoológico de Curitiba em agosto de 2003.
A suspensão do embargo foi consolidada na sede do Ibama em Curitiba, com a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta, o TAC. Para que o Termo pudesse ser assinado, o zoológico de Curitiba se enquadrou às normas técnicas exigidas pelo Ibama. A assinatura do Termo marca também o início de uma integração maior entre a Prefeitura de Curitiba e o Ibama.
"O TAC levanta o embargo que impusemos ao zôo de Curitiba há quase dois anos, medida que foi muito cara ao Ibama, mas necessária para que os ajustes fossem feitos. Esperamos que a relação entre o Ibama e a Prefeitura seja a mais próxima possível", disse o superintendente do Ibama, Marino Elígio Gonçalves, ao receber o secretário municipal de Meio Ambiente, Domingos Caporrino Neto, e o diretor do zôo, Marcos Traad.
O secretário de Curitiba disse que o objetivo é adequar o zôo à norma federal. "Por determinação do prefeito Beto Richa temos nos pautado pelo princípio da transparência em todas as nossas ações. Quem ganha com medidas como esta do zôo de Curitiba é o cidadão de todo o Paraná e do sul do país, que conta com um dos melhores zoológicos", disse Caporrino Neto. "A integração com o Ibama é fundamental", completou.
Entre as medidas adotadas pelo zoológico para que o Termo pudesse ser assinado está o cadastramento e a colocação de chips em todos os 2.800 animais do zoológico e do Passeio Público. O chip armazena todas as informações sobre o animal – sua origem, idade e características. Atualmente todos eles fazem parte de um amplo banco de dados que abrange todos os animais. Estas informações fazem parte do livro-tombo do zôo, exigido em todos os zoológicos e que cataloga de forma detalhada cada animal existente. As plantas das instalações do zoológico e o licenciamento ambiental também foram encaminhados ao Ibama.
Hipopótamo
A partir de agora as permutas que já vinham sendo estudadas pelo zoológico poderão ser feitas. Entre elas está a transferência de um filhote de hipopótamo que nasceu no zoológico de Curitiba e que precisa ser levado para outro zôo porque não há estrutura suficiente para aumentar de dois para três o número de hipopótamos. Em troca, o zôo de Curitiba deverá receber um animal de outra espécie. As permutas são uma prática comum entre zoológicos de todo o país.
Neste ano o zoológico de Curitiba passará por uma importante reforma, que vai melhorar a sua estrutura. A modernização e revitalização do zoológico fazem parte das metas do prefeito Beto Richa previstas no plano para o primeiro ano de gestão. Nos últimos anos o zoológico passou apenas por pequenos reparos e serviços de manutenção. Em 2005 o investimento será de R$ 300 mil e em 2006 será implantado um quarentenário, espaço onde serão abrigados temporariamente os animais que vêm de fora. O novo espaço atenderá uma nova Instrução Normativa do Ibama, ainda a ser divulgada.