Depois de nove meses da final da Copa do Mundo, o francês Zinedine Zidane ainda guarda mágoas do zagueiro Marco Materazzi. Isso porque o melhor jogador do mundo nos anos de 1998, 2000 e 2003 não aceitou um convite para participar de uma partida beneficente ao lado do defensor.
O desentendimento entre os dois jogadores começou na decisão do Mundial da Alemanha, em 2006, quando Zidane acertou uma cabeçada no peito do italiano, que teria xingado a irmã do adversário. O ex-meia da seleção da França e do Real Madrid acabou sendo expulso, e seu país foi superado nas cobranças de pênaltis por 5 a 3 (após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação) – essa foi a última partida do jogador antes da aposentadoria.
"Seria muito bom ver Zidane e Materazzi atuando pelo mesmo time. Poderia ter um significado de paz e um símbolo de diálogo para a Europa, mas isso não ocorrerá", lamentou o ex-técnico da Itália, Marcelo Lippi, que comandará o selecionado do continente. "Em um continente tão orgulhoso de sua diversidade cultural, o futebol oferece uma linguagem comum e ajuda a integrar as diferentes comunidades", comentou Michel Platini, novo presidente da Uefa, durante a apresentação do jogo, em Bruxelas, na Bélgica.
O amistoso, que contará com a presença dos brasileiros Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Juninho Pernambucano, irá celebrar os 50 anos do Tratado de Roma, que deu origem à atual União Européia (UE). A renda da partida será doada para a Fundação Manchester United, que financia projetos de comunidades na Grã-Bretanha e colabora com a Unicef. Criada em 1992, a entidade já ajudou cerca de 1 milhão de pessoas pelo mundo.