Zé Roberto Guimarães não aceita favoritismo no Mundial

O técnico José Roberto Guimarães acha que ‘é preciso ter o universo conspirando a seu favor também’ para ganhar um Mundial. Será a primeira competição importante após a frustração do quarto lugar na Olimpíada de Atenas, em 2004.

Zé Roberto, que fez e cumpriu um planejamento adequado visando a um título inédito no Mundial do Japão – a partir de amanhã -, mas acha que isso não basta. Nem mesmo ter vencido todos os rivais mais fortes na temporada, inclusive no Grand Prix, o principal teste no ano.

O técnico não aceita a condição de favorito ao ouro, pela competitividade com forças como Rússia, China, Cuba e Itália, e o sistema de disputa – serão 11 jogos em 16 dias. ‘A expectativa é chegar à final, mas todo o time sabe que o caminho será difícil.

Apesar de o Brasil ter ganho na temporada de todas as seleções, Zé Roberto diz que todas se prepararam para o Mundial. ‘A Ruirui voltou para a China e o time é outro com ela. Cuba é aquela seleção que ganhou medalha de bronze olímpica e agora treinou na Rússia. Tudo muito perigoso… Isso de dizer que estamos um corpo à frente é balela. Ainda mais no vôlei feminino (com grande influência do emocional é Roberto espera uma disputa intensa ‘ainda mais com várias brasileiras (sete) atuando pela primeira vez num Mundial’.

O ideal será o Brasil terminar a primeira fase como líder do Grupo C. Nesse caso, enfrentará Porto Rico, Casaquistão, Holanda EUA e Camarões. ‘Para ser primeiro, não pode perder nenhum jogo. Leva os resultados para a segunda fase’, acentua Zé Roberto.

Os quatro classificados na chave vão cruzar com os times do Grupo B, onde estão nada menos que China, campeã olímpica, e Rússia, carrasco do Brasil na Olimpíada de Atenas (a seleção perdeu, no tie-break, após estar ganhando por 24/19 o quarto set), além de República Dominicana, Alemanha, Azerbaijão e México.

‘Da segunda fase saem duas seleções, diretamente para as semifinais. O nosso é o grupo da morte, com três grandes seleções (Brasil, Rússia e China) e uma vai ficar fora.’ No cruzamento dos grupos A e D, o técnico acha que certamente se classificarão Itália e Cuba.

‘A pressão é grande. Nesse Mundial, qualquer tropeço pode causar um grande problema. O certo é que temos condições de brigar contra grandes times.’ Cita o Mundial Feminino de Basquete, recém-disputado em São Paulo. ‘Os Estados Unidos eram favoritos. Perderam da Rússia, que perdeu, na final, por 20 pontos, da Austrália.

O técnico concorda que o time está muito bem preparado. ‘Melhorou em tudo: na regularidade, na leitura do jogo…’ E busca um título inédito. ‘Estamos chegando perto e nos preparando para levantar um grande título um dia desses.

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