O presidente do governo da Espanha, José Luiz Zapatero, esquivou-se, em discurso no Palácio do Planalto, em dar apoio à presença do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Zapatero ressaltou a liderança crescente do País na América e a projeção da administração federal brasileira mais ativa na África e na Ásia. Também afirmou que a Espanha e o Brasil estão convencidos da necessidade de estabelecer-se uma ordem internacional baseada nos valores do multilateralismo e do combate à fome e à pobreza. Ao referir-se à reforma no conselho da ONU, ele limitou-se a afirmar que a Espanha defendia a ampliação "de forma que possam estar presentes países com maior relevância". Dessa maneira, Zapatero evitou apresentar o apoio a qualquer país latino-americano com pretensões de acesso ao conselho como membro contínuo. A disputa, tradicionalmente, deu-se entre México, Brasil e Argentina. Em princípio, a Espanha defende o aumento apenas dos integrantes não-permanentes do mesmo conselho.
