Watergate caboclo

Os eventos e seus públicos foram diferentes e, destarte, também antagônicas as opiniões emitidas por alguns participantes. Assim, dois componentes importantes do primeiro escalão de Lula colheram na última visita feita aos Estados Unidos impressões diametralmente opostas.

Em relação ao ministro Antônio Palocci bimbalharam os sinos acionados pelo secretário do Tesouro, John Snow. O titular da Fazenda brasileira foi saudado como autêntico mago responsável pelo novo milagre econômico em curso por essas bandas. Algo que soa aos ouvidos de Tio Sam como uma catadupa de dólares migrando, todo ano, para o caixa dos credores de nossa monstruosa dívida.

Já o ministro Celso Amorim, das Relações Exteriores, não contou com a mesma benevolência. Num evento promovido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Washington, ouviu de um empresário local que o escândalo do mensalão é tão grave quanto Watergate.

O affaire em questão, como se sabe, resultou na renúncia do presidente Richard Nixon para evitar o impeachment. Ele havia dado permissão para que se invadisse o escritório do Partido Democrático, em busca de virtuais elementos que dificultassem a campanha de seu adversário.

Amorim limitou-se a dizer que no Brasil jamais ocorreu algo parecido…

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