O ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, assegurou hoje (22) que não partiu do Palácio do Planalto o pedido de quebra ilegal de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que acusou o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, de participar de um esquema de partilha de dinheiro de caixa 2 recolhido em Ribeirão Preto (SP).
"Posso garantir que, do Palácio do Planalto, não saiu nenhuma orientação para que se quebrasse a regra legal do estado democrático", afirmou o ministro, durante seminário promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em Brasília.
Jaques Wagner enfatizou que a quebra de sigilo bancário é uma "violência contra o direito democrático das pessoas", mas que só será possível afirmar quem foi o responsável depois de encerrada a investigação em curso pela Polícia Federal. "Quem for o responsável pela quebra de sigilo, que é inadmissível num estado democrático, terá de ser punido", destacou.
O ministro também garantiu que Antonio Palocci tem o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e será mantido como ministro da Fazenda. "O presidente Lula sustenta a posição do Palocci. A menos que, a nível das investigações, se revele alguma coisa que seja impeditivo, o ministro Palocci continua no cargo".