Wagner diz que Valério e Delúbio deram presente ‘amargo’

O chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Jaques Wagner, afirmou, nesta quarta-feira, que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e o ex-secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT Delúbio Soares deram um "presente de Papai Noel" amargo para o País.

Em entrevista à Rádio Eldorado, Wagner disse que Delúbio nacionalizou um esquema que estava restrito a Minas Gerais, em referência às informações da existência de caixa dois no PT, a partir de 2002, e no PSDB do Estado, em 1998, com a obtenção de empréstimos por meio de Valério, que também é acusado, pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), de ser o principal operador do suposto esquema de pagamento, pelo PT, de mesadas a parlamentares da base aliada para assegurar o apoio aos projetos do governo no Congresso.

"O processo que os dois arquitetaram para fazer todo o processo de financiamento de campanha nos deu um prejuízo ético e moral ao Partido dos Trabalhadores, muito maior do que todo o dinheiro que foi conquistado", afirmou o chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República.

"Antes a gente tivesse feito as nossas campanhas com brochinho, arriscando ganhar ou perder dentro do leito natural do PT", lamentou.

Depois, acrescentou: "Fazer tanta coisa e imaginar que nunca, num país democrático, essas coisas viriam à tona, (é porque) ele (Valério) e Delúbio acreditaram muito em Papai Noel. Como Papai Noel só existe para criança de até 5, 6, 7, 8 anos, taí o presente de Papai Noel que eles deram para o País. Um presente muito amargo para o PT e para o governo do presidente Lula."

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