O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Jaques Wagner, afirmou que a entrevista concedida à imprensa pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, conseguiu "desarmar" as denúncias contra ele.

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Wagner classificou as declarações como "objetivas", "sinceras" e "esclarecedoras". Neste domingo, Palocci se defendeu por duas horas das denúncias do ex-assessor Rogério Buratti de que ele teria recebido R$ 50 mil por mês da empreiteira Leão&Leão enquanto era prefeito de Ribeirão Preto.

"As informações do ministro [Antonio Palocci] mostram que não houve nenhum envolvimento da sua parte no suposto esquema mencionado por seu ex-assessor Rogério Buratti, usando a delação premiada", disse Wagner. "Palocci conseguiu desarmar de forma competente todos os argumentos e ilações que estavam nos jornais e revistas deste final de semana, de forma firme e consistente."

No final de semana, a revista Veja publicou uma reportagem na qual relata a influência de Rogério Buratti no encontro do ministro com empresários, por intermédio do seu chefe de gabinete, Juscelino Dourado. Palocci afirmou que os dois são amigos, mas que as decisões do ministério não envolviam, de forma alguma, à relação de amizade entre Buratti e Dourado.

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"A agenda do Ministério da Fazenda não está sujeita a contatos pessoais. Não há nenhuma decisão do Ministério da Fazenda vinculada a esses telefonemas", afirmou Palocci.

O ministro Jaques Wagner afirmou que o papel de Palocci como ministro da Fazenda se fortaleceu com a entrevista. "Palocci respondeu todas as perguntas de forma convincente, serena, mostrando que nada deve e está disposto a colaborar para elucidar tais denúncias".

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