Voto eletrônico é seguro?

O TSE jamais teve dúvida sobre a segurança do sistema do voto eletrônico em uso no Brasil, aliás uma experiência copiada por outros países, também com sucesso. A rigor, desde que o eleitor brasileiro vota dessa forma dificilmente se ouve falar de fraudes, a não ser as vãs tentativas de amesquinhar o processo.

Todavia, ao arrepio da motivação eleitoral sempre pipocam aqui e ali suspicazes dúvidas sobre a lisura do sufrágio eletrônico. Segundo o noticiário, ainda se insiste na impressão do voto como garantia definitiva da segurança do sistema. Com a experiência das eleições já efetuadas em urna eletrônica, o TSE adverte que tal cuidado é desnecessário e que o retorno do sistema impresso seria um retrocesso.

Ao invés de andar para trás, como querem os céticos, o secretário de Tecnologia do órgão, Giuseppe Janino, enfatiza que todo investimento a ser feito deveria ser direcionado ao aperfeiçoamento dos mecanismos eletrônicos de segurança já utilizados.

Além disso, o técnico afirmou à Agência Brasil que ?os dispositivos de auditoria dos sistemas eletrônicos são mais eficazes que a impressão do voto?, frisando que ?a impressão permite uma nova possibilidade de fraude no voto em papel?. Janino apontou a assinatura digital como o dispositivo de segurança mais eficaz utilizado no sistema. Destarte, de acordo com garantias subscritas pelo TSE, depois de cumprir a obrigação, o eleitor pode ir para casa sabendo que se houver tentativa de alterar o resultado de sua urna, a violação será acusada na assinatura digital.

O TSE, para aumentar a segurança, também faz uma votação em paralelo, não-oficial, em urnas sorteadas no dia da eleição, para comprovar se o resultado da apuração foi ou não adulterado. A assinatura digital, porém, não é considerada segura pelos defensores da impressão do voto, com base na credibilidade do cientista norte-americano Ronald Rivest, um dos autores do relatório ?Maquinaria da Democracia?, que pesquisou os métodos de proteção de eleições no mundo inteiro. O cientista descartou a assinatura digital da lista de recomendações para evitar fraudes. E agora, José?

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