A Volvo, fabricante de caminhões e ônibus de Curitiba, anunciou nesta segunda-feira investimentos de US$ 75 milhões no País no período 2006/2008. Parte dos recursos virá da matriz sueca e será aplicada no desenvolvimento de produtos e modernização da fábrica. Em 2005, a montadora registrou o melhor desempenho desde sua instalação no País, em 1977. Entre mercado interno e exportações, vendeu 12.144 veículos, 33% a mais ante 2004.
O desempenho foi puxado por importantes contratos de exportação para o Chile – que adquiriu 1.779 ônibus urbanos – e o Irã. O mercado externo respondeu por 40% da produção da marca. Este ano, com o fim do fornecimento ao mercado chileno, a participação deve voltar aos 20% obtidos em 2004.
Em valores, as exportações somaram US$ 750 milhões, o equivalente a 45% do faturamento obtido no negócio de caminhões e ônibus. "O resultado poderia ter sido melhor não fosse o problema cambial", disse o presidente da Volvo do Brasil, Tommy Svensson, que, a exemplo das demais empresas do setor, também reclamou da valorização do real frente ao dólar, situação que reduz a competitividade do produto brasileiro.
Enquanto a exportação de caminhões mais que dobrou em relação a 2004, as vendas no mercado interno apresentaram queda de 6%, para 5.944 unidades. O mercado total brasileiro teve queda de 20% no segmento de veículos pesados, área em que a Volvo mais atua. O Brasil manteve-se como terceiro maior mercado de caminhões do grupo, atrás dos EUA, com 27,9 mil unidades e do Irã, com 10,8 mil.
O faturamento da filial, somando os negócios na área de construção civil e equipamentos, também foi recorde em 2005, com US$ 3,5 bilhões. A montadora obteve lucro no País, mas Svensson não divulgou números e nem previsões para este ano.
No triênio 2003/2005, a Volvo investiu US$ 100 milhões, período em que renovou toda a linha de produtos, que recebeu motores eletrônicos em substituição aos mecânicos.
