Rio – O segundo Leilão de Compra de Energia Proveniente de Novos Empreendimentos, realizado na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), vendeu 1.682 megawatts médios de energia, o equivalente a 356.313.792 megawatts hora. O resultado superou a demanda informada pelas empresas distribuidoras, que foi de 1.616 megawatts médios.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) informou que o volume de negócios realizados atingiu R$ 45,6 bilhões e que o preço médio final foi de R$ 128,95 por megawatt hora – considerando o mix das fontes hidrelétrica e termelétrica.
De acordo com as informações, venderam energia 15 empreendimentos de fonte hidrelétrica e 16 de fonte termelétrica, totalizando 31 empreendimentos. Destes, 18 são novos empreendimentos: 7 Pequenas Centrais Hidrelétricas e 11 usinas termelétricas (3 de biomassa e 8 de óleo combustível).
As negociações do segundo leilão de energia nova, realizadas on line, só foram encerradas na madrugada de hoje (30), às 4h11, totalizando cerca de 16 horas de duração.
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que este leilão "concluiu um processo e marcou o fim da transição do novo modelo do setor elétrico, pois as usinas já construídas estão com sua energia contratada".
Já o presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, Antonio Carlos Fraga Machado, afirmou que o leilão "foi importante", na medida em que regularizou a contratação até 2010. "A partir de agora, os leilões A-3 (A menos 3) vão apenas completar o ajuste de previsão das distribuidoras, pois a expansão foi fechada", afirmou.
O secretario executivo do Ministério de Minas e Energia, Nelson Hubner, acredita que o próximo leilão de energia nova, no dia 5 de setembro, registre uma boa disputa, "o que vai beneficiar as hidrelétricas, por oferecer um prazo de construção de cinco anos".