As operações de crédito bancário evoluíram 1,1%, emfevereiro, e atingiram estoque total de R$ 747,4 bilhões, o queequivale a 34 6% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezasproduzidas no país. Segundo o relatório de Política Monetáriae Operações de Crédito do Sistema Financeiro, divulgado hoje (26) peloBanco Central, a proporção é bem melhor que os 31,6% do PIB emfevereiro do ano passado.
A expansão do volume de operações de crédito chegou a 21,4% nosúltimos 12 meses (março de 2006 a fevereiro último), com crescimentomais acentuado dos empréstimos pessoais, na faixa até R$ 5 mil, que é ogrosso dos empréstimos consignados em folha de pagamento e nasoperações com cheque especial. Enquanto o consignado tevecusto de 32,5% ao ano, em fevereiro, o cheque especial cobrou 141,2%.
De acordo com a nota do BC, anunciada pelo chefe do DepartamentoEconômico (Depec), Altamir Lopes, a evolução das operações de crédito,em fevereiro, esteve vinculada ao desempenho dos empréstimos parapessoa física, que cresceram 1,6% no mês e somaram R$ 244,6 bilhões. Aomesmo tempo, os financiamentos para pessoas jurídicas (empresas)registraram expansão, depois do recuo sazonal de janeiro.
O segmento empresarial que mais aumentou foi o comércio, comexpansão de 3,1% no mês e estoque de R$ 77,6 bilhões, com destaque paraos ramos de distribuição de combustíveis, lojas de departamento einformática. Houve pequeno crescimento de 0,8% nos créditos para aindústria, no volume de R$ 167,1 bilhões, com relevância para as áreasde petróleo, mineração e geração de energia.
Em sentido contrário, o Depec-BC constatou redução de 0,3% nosempréstimos para o segmento de outros serviços, em decorrência,principalmente, das amortizações de contratos pelo setor de construçãonaval, mas o estoque de operações no setor de serviços continua alto, esoma R$ 122,9 bilhões.
Além desses créditos, com recursos livres, há empréstimosdirecionados para financiamento rural e habitacional. Enquanto asoperações para a produção agropecuária atingiram R$ 79,3 bilhões, comaumento de 0,8% no mês, o setor de habitação totalizou R$ 37,2 bilhões,com incremento de 1,3%, porque mais pessoas usaram recursos dacaderneta de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço(FGTS).