São Paulo (AE) – A reestruturação anunciada hoje pela Volkswagen no Brasil segue a estratégia que o grupo alemão está adotando no mundo todo, de encolhimento de operações para reduzir custos e enfrentar a concorrência, principalmente de fabricantes asiáticos. Em fevereiro, a companhia anunciou 20 mil demissões na Europa até 2009.

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"O problema cambial é apenas uma desculpa da empresa, pois ela segue o ataque mundial que vem sendo feito com o anúncio de demissões e fechamento de fábricas", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo.

O consultor da BDO Trevisan, Richard Du Bois, confirmou que a empresa enfrenta dificuldades em vários mercados, especialmente o europeu, onde o novo Golf, grande aposta da marca, não deslanchou. No Brasil, a empresa vem se recuperando no mercado interno com o Fox, lançado em 2003, e no mês passado apresentou o Space Fox, versão perua do modelo fabricada na Argentina.

Com a diferença cambial, o País perde competitividade. "Produzir na Argentina está 30% mais barato que no Brasil", disse Du Bois. Também há problemas de competitividade interna. O presidente da Volks, Hans-Christian Maergner, disse que sua principal concorrente (a Fiat), instalada em Betim (MG), tem custo de mão-de-obra 50% inferior ao do ABC.

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Um consultor que atua no mercado automotivo disse que o corte na Anchieta é correto dentro da estratégia de redução de custos pois a fábrica, a mais antiga do grupo, é ineficiente e tem problemas de qualidade.

Recentemente, GM e Ford anunciaram cortes de 30 mil postos de trabalho cada uma nos EUA e a DaimlerChrysler anunciou 6 mil demissões.

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