O técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho Rezende, não saiu nada satisfeito da vitória por 3 sets a 1 sobre a Bulgária que ratificou a classificação para as semifinais do Mundial do Japão, mas gostou ao menos da boa participação dos reservas Murilo, Ânderson, Marcelinho e Rodrigão, que entraram durante a partida e foram até o fim.
"Algumas coisas não funcionavam e decidi mudar, tinha que mudar o ritmo e os reservas corresponderam", disse o técnico, que sempre defendeu a teoria de que uma equipe campeã precisa de 12 bons jogadores. "Somos uma equipe, não apenas seis bons jogadores. Temos um banco forte e provamos isso. Além disso, Ricardinho e Dante puderam descansar, o que será bom para nós", acrescentou o treinador brasileiro, que, dos 12 atletas, não escalou apenas o ponta Samuel durante a partida.
Bernardinho lembrou que em 2002, no Mundial da Argentina, Ricardinho e Ânderson tiveram participação fundamental na semifinal, contra a Iugoslávia, e na final, contra a Rússia, saindo do banco de reservas. "Isso é normal no Brasil", afirmou o técnico, que elogiou a atuação da Bulgária. "Eles são um dos melhores times da competição, se não o melhor.
O atacante Giba, destaque da partida com 22 pontos, voltou a citar a derrota diante da França, na primeira fase, como fator importante para a reação do Brasil no Mundial. "Surgiram algumas dúvidas, mas agora isso acabou. Podemos perder como qualquer equipe, porque somos humanos e podemos ter um dia ruim, mas somos uma das melhores equipes do mundo e os atuais campeões", recordou.