“Voar no Brasil é seguro”, diz deputado membro da CPI

Membro da CPI do Apagão Aéreo da Câmara, o deputado federal Rodrigo da Rocha Loures (PMDB-PR) fez eco, nesta quinta-feira (31), às palavras do presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, logo após visitar as instalações do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 2), em Curitiba. "A primeira conclusão é que voar no Brasil é seguro", disse o deputado, que fará um relatório sobre a visita de 11 parlamentares. "Senti segurança, tranqüilidade, não há clima de desorientação, desconforto e muito menos de motim, de insubordinação."

Mas não foi a mesma impressão que teve o deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), que participou da visita como presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Ele disse ter conversado com alguns controladores sem a observação dos oficiais. Eles teriam confirmado reclamações já feitas pelas lideranças da categoria. "Há, de parte da Aeronáutica, a reafirmação de que temos um sistema seguro, sistema de ponta, entre os melhores do mundo, e, de outro lado, os controladores, pelas suas lideranças, insistem em dizer que, nas suas operações do dia-a-dia, há problemas, e sérios, como interferências, problemas de freqüência, e que afetam sim a segurança do vôo.

Para ele, o grande desafio da CPI e das comissões permanentes da Câmara é saber com quem está a razão. "Estamos todos preocupados com isso, afinal de contas a segurança do vôo é direito de todos os usuários do sistema", acentuou. Para o deputado Rocha Loures, o que provocou o acidente com o avião da Gol, em setembro do ano passado, foi uma "combinação de falhas entre homens e máquinas". "O que temos que entender agora é a extensão desta falha", disse.

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