A Vivo registrou aumento de 63,9% no prejuízo do terceiro trimestre deste ano, para R$ 196,9 milhões, ante a perda de R$ 120,1 milhões contabilizada no mesmo período do ano passado. A receita líquida da companhia subiu 0,5%, para R$ 2,825 bilhões. A receita com assinatura e utilização caiu 8% no intervalo, para R$ 1,181 bilhão, enquanto a arrecadação pelo uso da rede subiu 15,9%, para R$ 1,149 bilhão, influenciada pela mudança no regime de interconexão do Serviço Móvel Pessoal (SMP). O faturamento líquido com aparelhos foi reduzido em 10,3%, para R$ 357,2 milhões.
Os custos operacionais da empresa sofreram aumento de 4,7%, para R$ 2,109 bilhões no terceiro trimestre, na comparação anual. O aumento dos custos com serviços prestados foi de 78,7%, para R$ 664,3 milhões, puxado pela forte alta de 443,8% nos gastos com interconexão – que alcançaram R$ 322,5 milhões entre julho e setembro. Essa expansão deve-se também à nova modalidade na cobrança da interconexão entre as operadoras móveis. As despesas de comercialização de serviços somaram R$ 697,4 milhões no período, após redução de 8,4%. A companhia cortou em 10,8% os gastos com terceiros, para R$ 520,3 milhões, e em 29% as despesas gerais e administrativas, para R$ 112,7 milhões.
O Ebitda (lucro antes de deduzidos os impostos, juros, depreciação e amortização) da Vivo no terceiro trimestre ficou em R$ 715,6 milhões, após redução de 10,2% sobre os R$ 796,6 milhões de julho a setembro de 2005. A margem da geração operacional de caixa caiu de 28,3% para 25,3%. Os gastos com impostos ficaram em R$ 69,9 milhões, frente aos R$ 124,4 milhões do terceiro trimestre do exercício anterior.
No acumulado dos primeiros nove meses de 2006, o prejuízo da Vivo atingiu R$ 869,3 milhões, uma alta de 162,9% sobre a perda de R$ 330,7 milhões contabilizada entre janeiro e setembro do ano passado. Em 30 de setembro deste ano, o patrimônio líquido da companhia estava em R$ 16,448 bilhões. Todos os dados são consolidados.